- E o amor ?

Nada mais segura?
- Nada mais...

E o amor ?
- Sei lá...

Realmente sentiu ?
- Talvez, talvez não...

Então porque menti tanto pra mim ?
- Pra te ver feliz...

- Ouvindo: Caetano Veloso- Sonhos.

E você se vira, pro lado e pro outro...

Terminar sozinha
Sentada em um quarto
Sem cigarros
Sem bebidas
Sem cabelos
Sem paciência pra ler,
Ou sem visão pra isso.

E de manhã
Repetir o mesmo
Ritual...
Acordar
Reclamar da dor nas costas
Olhar pro tempo
E gastar o tempo sem fazer nada
E se sentir feliz sem saber o motivo...

Vira pro lado
Pro outro
Como uma
Montanha russa.

Enquanto todos os outros
Ainda tem esse mesmo ritual
Só que menos idade...


- Ouvindo: The Distillers-The Young Crazed Peeling .

Conversa ás três e meia da madrugada

Ás três e meia da madrugada
A porta se abre
E há passos na entrada
Que trazem um corpo,e uma batida
E você repousa a cerveja
E vai ver quem é.

Com os diabos, ela diz
Você não dorme nunca?

E ela entra
Com o cabelo nos rolinhos
E num robe de seda
Estampado de coelho e passarinho
E ela trouxe a sua própria garrafa
Á qual você gloriosamente acrescenta
2 copos;
O marido, ela diz, está na Flórida
E a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
E ela tem estado procurando emprego
Nos últimos 32 dias.

Você diz a ela
Que é um cambista de jóquei e
Um compositor de jazz e canções românticas,
E depois de uns dois copos
Ela não se preocupa com cobrir
As pernas
Com a beira do robe
Que está sempre caindo.

Não são pernas nada feias,
Na verdade são pernas ótimas,
E logo você está beijando uma
Cabeça cheia de rolinhos,
E os coelhos estão começando a
Piscar, e a Flórida é longe, e ela diz
Que não somos realmente estranhos
Porque ela tem me visto na entrada.

E finalmente
Há muito pouca coisa
Para dizer.

Charles Bukowski *

- Ouvindo: Maria Gadu- lounge.

Papo mentira!

Ainda gosto das coisas organizadas
Em seus lugares, arrumadas.
Gosto das musicas modernas
Das poesias bregas.
Me considero careta inconsciente
Não fumo, não bebo, não falo palavrão
Brinco com o sarcasmo, não gosto da ironia
Sou quase um anjo querubim de buteco
Faço tudo por amor, por carência
E sempre perdoo as pessoas, sempre...
Também sou...

Mais pra ser sincera as vezes minto muito...

- Garçom mais uma rodada !


- Ouvindo: Maria Gadu- Altar Partícula.

Mais não tem revolta não...

Entre conflitos mal resolvidos
Lágrimas bem organizadas
Sobre uma vida falsa
Com uma falta de ar monótona...

Nem precisava trancar as portas
Nem precisava proibir
A simples falta de olhar
É o pior caos, entre e fora...

De baixo de sete palmos
A uma vida feliz ?

Do fundo do coração
Ou fora dele, se sente o vazio
O vazio correr pelas mãos
Inconsciente, consciente
Doí, fere, machuca
Sem deixar cicatrizes, deixando tumores
No peito, deixando o mundo menos mundo...

- Eu não precisava
Talvez queria precisar
No fim acabei precisando de mais...

- Ouvindo: Caetano Veloso: Sonhos

Vaidade arrojada...

Esse imaginário mundo de metáforas
Com meias mentiras consolidadas
Tentando extrair algum drama
Com cortes arrojados, peles enfeitadas
Inventando historia de um mundo feliz.


- Mais esqueça a mentira, deixe as unhas de lado
Esqueça o nó no pescoço, mude, contrarie
Mesmo que seja pra matar o tédio
Brincar com a infelicidade ou sofrer por ela !


Culpando a fantasia
Pela falta de amor próprio
Esqueceu da vida vazia
Desperdiçando tempo
Inventando texto
Contexto, painel, espelhos...
Ramificava as hipóteses
Inventava as verdades
Jogava no muro a vaidade
E do outro lado ficava o amor
A sua frente ficava mesmo
Sá a dor.

Rascunho salvo...

- Ouvindo: Adriana Calcanhoto- Devolva-me.

Transitoriedade !

Ter vícios e ser errado
E um jeito de deixar a vida menos tediosa.

Nunca quis ser interessante, ser legal
Me sinto bem em não participar de nada
Transitoriedade
O mundo é um caos, ao qual !

Não quero ter a liberdade de muitos
Quero ter a liberdade
''De fumar nua no teto''
Não quero que doa, nem que faça bem
Quero simplesmente o que não existe
O que não tem razão, nem hora.

- Ouvindo: CMTN- Do Sétimo Andar.

Precise sleep,Precise sleep!

Eu caminharei por ai, com pedras no bolso
Fumando cigarros de mais
Esquecendo a falta que alguém me faz
Sorrindo pro tempo, achando graça do vento
Bebendo a meia lua, e depois a inteira
Odiando as pessoas, odiando um pouco mais
Esquecendo de ser poeta, deixando de mentir.
Vou sair por ai, no meu short lilás
Em pleno Carnaval com cara de triste
Fumando muito mais cigarros
Desequilibrando as palavras
Desinteressando o meu passado
Levando comigo apenas
Livros
Cigarros
Violão por de baixo do braço
Ar
saudades
Felicidade ou tristeza
Qualquer uma delas
Para mais uma noite sem sono...

- Ouvindo: Lorena chaves- Ventos de Outubro.

Ter sono cansa, viver cansa mais ainda.

''Tenho tanto sentimento, que finjo não sentir
Para disfarçar a dor de que tudo isso é ilusão
Mais reconheço que não me conheço pois despertei
Sem nexo ou principio para um nova noite de sono.

No mal estar em que me vejo
As vezes minto pra mim mesmo
Mais eu a mal dormida, não tenho noite nem dia
Nem sinto falta ou vida, apenas acho graça

Da pobre vida vazia...

Deixei as unhas crescer
Com a des(culpa) de que assim sofro menos
Indefinido e vão o dia chega
Sem permissão invade, os olhos mal abertos pela miragem

Me tratando como um vizinho enganador
Pegando as ultimas horas de sono que tenho
Pra depois que a noite voltar eu recomeça do fim
Sem sono, sem sono, sem sono, sem sonho.

Se existe, existe demoradamente
A vida não passa de uma estrada grande e tumultuada
Coberta por vícios, e noites de dia
Achando bom ver que eu ainda continuo vazia.

Me de mais bebida, pois a vida é nada.''

- Ouvindo: Chico Buarque -Fantasia.

E aquela sensação volta !


Beira da estrada.

- E os segundos passam, voltam varias sensações das quais se proibiu de sentir

Se afastar, sair de lá tentar não pensar tentar não sentir.
Ficar meio inquieta, pegar um cigarro pra se acalmar, fumar mais de seis sentir não adiantar.
Querer ficar longe e nada encontrar, o tempo não passa ele para, olha prós lados e vê que já é hora de acabar, sai de lá em lágrimas com um cigarro na mão e outro a esperar, senta na grama como uma estranha e fica lá fumando sem parar, de novo se senti inquieta e vê que é a falta de amar. E continua lá na beira da estrada a esperar alguém chegar.


7:00hs - Segunda-feira, 27 de Julho de 2009
- Ouvindo: Cassia eller- Blues da piedade.

Desertos e almas velhas

Sobre aquele sonho de desertos e almas velhas
Eu acordo assustada, com o lençol sobre a cabeça
E o livro meio aberto esperando ser terminado.
Ainda de blusão saio pra fora, sem fazer barulho
Sobre o efeito do sono que a muito tempo não tenho
Precisava me lembrar dos detalhes, do rosto da moça
Que me pegava pela mão, da musica, dos lugares
Precisava me lembrar...
Já no segundo cigarro, o sonho ia se apagando
Pela fumaça dos meus olhos, automaticamente.
Voltei ao meu quarto, na expectativa de termina o livro
Talvez o grande culpado das noites sem sono.
Acabei apagando, mais por mais que eu tentava
Por mais que eu queria, o sonho não voltava
Nem mesmo o rosto da moça, que parecia vultos da minha amada.

Ainda de blusão sai para fora, para viver a triste realidade.
Vã!

- Ouvindo: Cazuza- Bete Balanço.

Em outra hora, com outro alguém

As vezes é tão fácil se perde
Em um corpo nu sem graça, sem vida
Rodeada de almas, vã
Comandando suas noites de sono
E seus erros nocturnos.

Acompanhada de solidão
Atrai e dói, dói e atrai
E tudo é isto, passageiro
Sem horas marcadas, sem sinceros.

Nem disto vai haver cuidado
O pecado, sobre uma outra
Uma outra que recorda
E lembra teus olhos
Uma outra, uma outra mentira.

Talvez seja culpa da mania
Da falta, querer tanto um alguém
Que mesmo por uma noite, ou 2 noites
A sirva de companhia, automaticamente.

Para de manhã acorda
E sentir uma leve calma
Uma pequena felicidade
De ter de volta um outro

Um outro amor...

-Ouvindo: Velhas virgens- Eu bebo sim.

- Ta bom!

Me contento em precisar de alguém pra viver
Me contento em precisar de remédios pra dormi
Me contento em precisar da mentira pra sorrir
Me contendo em precisar dos livros pra ser feliz
Me contento em ter vícios, e necessitar deles
Me contento em ter a ilusão, a má ilusão de um sonhador
Me contento, me contento, me contento
Até com o descontente do meu coração.

- Ouvindo: Caetano veloso- Perdeu.

Silêncio vão

Fora disto, esta um leve remédio a gosto
Com taças de vinho enfeitando a ausência
Sobre um ceú, de marfim, sem cor, sem fim
Compreender ? ainda é cedo, ainda é muito cedo.

A flor morta da ilusão
No vento vão do sul
Levou a tristeza embora
E deixou o grande vazio no coração.

A felicidade se contenta
Em vim aqui durante a madrugada
Roubando o sono, e de baixo do travesseiro
Deixa de recompensa o silêncio.

O silêncio que cala
Com a esperança de rever a ilusão.

- Ouvindo: Tricky - Black Steel.

Falta de espaço

Organizo cada palavra, cada nota, cada amor
A bagunça me deixa tímida, esquecida entre tantos.
Entre tantas as lembranças que detesto
Entre tantos cacos no chão
Entre tantos olhares esquerdos
Sobre o leve lenço do preconceito
Entre tanta ideia correta,
Que vive de contra mão
Entre a fumaça sobre o texto, esquecida
Com livros velhos, contos, historias e poesias
Entre uma madrugada e outra, sem dia
Entre a parede no lugar do colchão.

Organizo cada gelo que vive no meu coração
Na bagunça do meu quarto já que amar ocupa espaço...

- Ouvindo: Caetano Veloso- Você me ensinou a te esquecer.

Ou não.

Esta espécie de ausência
Essa falta fútil
Sobre o sol quente de uma tarde triste.
Sem revolta, a saudade me alegra, talvez
Pela esperança de ainda te ter, ou não.

Essa paixão, ilusão
A ilusão, alegra meu coração
Entre cigarros e bebidas, disfarço
A dor da falta, da saudade no peito
E provoca a garganta que vive cansada
Do choro que segura entre a raiva e a falta.

Saudade até que é bom
Pior seria a alma vazia
Mas tenho dó... dó do meu coração
Que ainda acredita na pureza da mentira.

Essa dor qualquer,
Nem quero que sinta, ou não!


- Ouvindo: Caetano Veloso- Sonho.

Pouco me importa o tempo dos outros.


Nunca soube o que fazer
Com o tempo, sem domínio
Tenho confundindo os dias
Venho confundindo as horas
Os nomes, as datas, as fotos 3x4

Parei de fumar
De falar baixo
Parei de beber
Tentei não mentir
Deixe o odeio de lado
Parei com coisas repetidas
Com a falta de espaço
Parei.
E de tanto parar, desiste.

Não culpo a distância
Os doces
A falta
A arrogância
Por não ter domínio
Por não distinguir o certo do errado
Por não me importa com o tempo ao meu lado.

Me empolgo durante a noite
Numa dança sem ritmo, nem notas ou toques
Viajo por paginas, desconhecidas imaginarias
Me alivia a fumaça que sai, que entra
Os encontros secretos, sem graça alguma
Numa madrugada fria, sem cor, sem vida
Já se passaram das 4h:25min
Não precisa marca hora
Pouco me importa as datas
Os dias, as comemorações sem vida
Monótonas
Pouco me importa a hora da chegada
A hora da partida
Nem mais nem menos, nem nada
Me empolgo durante a noite
Me embala, a noite solitária
Não precisa marca hora
Nem dias, ou datas.

A felicidade nunca chega na hora marcada.

- Ouvindo: Cassia eller- Lanterna dos afogados.

Confissões

Confesso que ando sem tempo
Regrando o tempo
Confesso que deixei de fumar
E voltei a mentir
Confesso que deixei de falar
Que deixei de escutar
Confesso que deixei de julgar
Voltei a me olhar
Confesso que parei de tentar
O que virá virá
Confesso que deixei errar
Mais também não voltei a acerta
Confesso que deixei de amar
Esqueci de avisar o tempo
A hora que meu coração ira voltar
Confesso que pouco me importa
O clima, o ar ou tempo
Confesso que tenho falta
Mais sei que nunca mais vai voltar
Confesso que entre tantas fugas
Me encontrei e me perdi
Confesso
Confesso
Confesso
Confesso...

- Ouvindo: Cazuza- Exagerado.

Eu precisava lhe falar :

- Dentro daquela caixa, sobre o lenço que havia te dado
Tinha as cartas queimadas de raiva, juras de amor, lembranças,
Mentiras, saudades em tão pouco tempo, verdade em baixo de lamentos
Os planos, o aquário agora quebrado, em meio a fogo e falta.

A onde esta você agora ?

Será mais uma lembrança antiga
Faço isso pra esquecer, pra não te ver
Mas a lembrança persegue
E me deixa triste, não por mim
Mais por você, só por você.

O amor é um vento rasteiro
Eu o sinto, mas não queira que eu minta
Esse amor, já passou, passou entre tantas fugas
De mim e de você.
E te conheço tão bem, que sei quais seriam
As suas birras e truques, para me ter de volta
Mas não terá mais volta, não pra nós.

Restara só as cinzas, e a caixa de lembranças.
- Ouvindo: Cassia eller- Vento no litoral.
{ Para a Ritaline, o ''eu lírico''do texto. Turbulências da Line e sua caixa de lembranças.}

Metaforas sinceras

O oposto, contrario
A beleza das palavras ao mentir
A beleza dos olhos ao fingir
A beleza da ilusão ao existir
Palavras cegas.

Egocentrismo barato
Inconveniente de norte a sul
Sobre erros mal resolvidos
Levantando olhares superiores
Se culpando por ser tão má
Má ?
Tão ingénua e má.

- Não sou sincera, talvez porque eu goste tanto de metáforas.

Tristeza forjado
felicidade guardada
Dinheiro, prémio
Papel amassado
Escondendo erros
Falando segredos
Afogando medos
Deixando desejos
Salivando pecado
Deixando os sonhos de lado.

- Pois meninas como eu, não choram.
Não de verdade.

- Ouvindo: Matanza- Bom é quando faz mal.

Sozinho

Te prendem o ar, entre 4 paredes negras
Sufocante
Enlouquecem seus pontos lúcidos
Maltratam sua alma, alma fraca
Desejos, sonhos, e planos secretos
Aquecidos de baixo dos livros velhos.

Proteja-se
De si mesma e de um outro alguém
Estanho
Desconhecido
Vazio
Caos
Falta
Ar

Metáforas, desculpas, lamentos
Juntando tudo num saco cor lilás
Pra depois soltar por ai, sentindo
As vezes pra deixar as palavras sem voz
E cegar os olhos na visão noturna
Por que seja melhor não ter tantos sonhos assim
Sonhos
confusão
onde
esta
solução
vento
quando
fala
silencio.

Entre 4 paredes negras, esquecem que você existe
E a falta sufoca a pouca liberdade que resta.

- Ouvindo - Caetano Veloso- Sozinho.

Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

Agora, Aqui !

--------------

"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



De encontro.

Os Viciosos do Circulo.