Épica!


Fico me perguntando, até quando seremos vizinhos?

Nós cumprimentando como estranhos, com aquele "Bom dia seco"
Fico ressecada ás vezes com as perguntas de "como foi meu dia", de "como estou".
Queria te dizer que estou bem mas que ando sentindo a sua falta mesmo você estando do meu lado no almoço ou me fazendo companhia entre uma conversa e outra.

Não lembro qual foi a última vez que olhei nos seus olhos sem você recuar
Precisei as vezes arrancar de você uma lembrança de que seu sangue corre em mim
É engraçado, que quase sempre me sinto sufocada.
Porque tenho lembranças que me aparecem como uma miragem
Você mentiu e eu inventei sem querer uma guerra.

Fico lembrando das suas brincadeiras, de quando me irritava apertando o meu nariz
Hoje em dia as lembranças são ralas e tudo virou "coisa de gente grande". - É! Eu Cresci!
Eu tento por diversas vezes manter um dialogo, uma linha grossa de conversa, dar continuidade ao assunto
Mas a linha afina, quando percebo ela se rompe com um: "- Tenho ir que trabalhar!"
Eu por algumas vezes tive que te dar realmente trabalho para te fazer me escutar.

Me pergunto, quando foi que te perdi? Ou será o contrário?
Tenho na memória momentos de quando fomos felizes, depois disso tudo me parecia mentira.
Carrego por minutos uma preocupação fantasiosa, uma paternidade forçada
Eu tento achar alguma esperança, alguma forma de me fazer ser nem que seja por um segundo, alguém que você um dia se orgulhará.

Nossas opiniões contrarias, meu estilo de vida.
Eu ainda não sei quando te conheci, mas talvez o que me sufoca seja o fato de saber que você nunca me conheceu realmente. 
Tento as vezes te contar minhas novidades, mas suas preocupações porém estão em primeiro lugar.

Vou subir no meu sólio e fazer um monologo em sua homenagem.
Depois, me calarei!


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(Ouvindo: Maria Rita - Caminho das águas)




Que até o ultimo dia da sua vida, você pense em mim.

As vezes posso chorar por horas, dormir por cima do choro.
Mas o que eu sinto volta sempre quando os olhos se abrem 
Já perdi as contas de quantas vezes eu me arrependi de te dizer o que lá dentro não existia.
Perdi as contas de falar o tempo todo o quanto você me fazia mal
Querendo apenas que você me fizesse bem.
Custava parar de dizer e realmente demonstrar que me queria por perto, do seu lado?
Se imaginasse a dor que eu sinto sempre quando te vejo indo embora dizendo Adeus.
Viria correndo me abraçar e me encher de beijos.
E nunca mais me diria o que me diz um pouco antes de partir, do adeus.
Não quero"seu Adeus", quero sua presença, sua permanência. 
Quero me ver daqui 30 anos discutindo com você sobre qualquer coisa
Aquelas discussões idiotas que nunca nós levará a nada, apenas pra cama.
Quero te encher de beijos e te fazer se sentir a pessoa mais estupida do mundo 
Por um dia pensar em me deixar.
Quero que entre o café ou a limpeza da casa, você grite o quanto me ama.
Quero que fique do meu lado, sem nada a dizer, com aquele sorriso lerdo
Quero planejar o futuro com você, sobre quantos filhos teremos
E sobre qual será a cor do muro. Sobre quantos cachorros teremos.
Quero ver você cuidando das plantas e brigando comigo pelos cigarros
Quero, que toda vez que pensar no seu futuro, entre uma lembrança e outra
Lá esteja eu, que você me guarde no coração, mais do que nas fotos.
Que de baixo dos lençóis sussurre, bem baixinho para que ninguém escute
Para que ninguém possa ter inveja que o seu amor é só meu. E que o pra sempre existe.


Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

Agora, Aqui !

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



De encontro.

Os Viciosos do Circulo.