Troca com até 30 dias.
Carta de Despedida
Épica!
Fico me perguntando, até quando seremos vizinhos?
Que até o ultimo dia da sua vida, você pense em mim.
As vezes posso chorar por horas, dormir por cima do choro.
Mas o que eu sinto volta sempre quando os olhos se abrem
Já perdi as contas de quantas vezes eu me arrependi de te dizer o que lá dentro não existia.
Perdi as contas de falar o tempo todo o quanto você me fazia mal
Querendo apenas que você me fizesse bem.
Custava parar de dizer e realmente demonstrar que me queria por perto, do seu lado?
Se imaginasse a dor que eu sinto sempre quando te vejo indo embora dizendo Adeus.
Viria correndo me abraçar e me encher de beijos.
E nunca mais me diria o que me diz um pouco antes de partir, do adeus.
Não quero"seu Adeus", quero sua presença, sua permanência.
Quero me ver daqui 30 anos discutindo com você sobre qualquer coisa
Aquelas discussões idiotas que nunca nós levará a nada, apenas pra cama.
Quero te encher de beijos e te fazer se sentir a pessoa mais estupida do mundo
Por um dia pensar em me deixar.
Quero que entre o café ou a limpeza da casa, você grite o quanto me ama.
Quero que fique do meu lado, sem nada a dizer, com aquele sorriso lerdo
Quero planejar o futuro com você, sobre quantos filhos teremos
E sobre qual será a cor do muro. Sobre quantos cachorros teremos.
Quero ver você cuidando das plantas e brigando comigo pelos cigarros
Quero, que toda vez que pensar no seu futuro, entre uma lembrança e outra
Lá esteja eu, que você me guarde no coração, mais do que nas fotos.
Que de baixo dos lençóis sussurre, bem baixinho para que ninguém escute
Para que ninguém possa ter inveja que o seu amor é só meu. E que o pra sempre existe.
Não me sirvo dentro de mim!
Parei um pouco de me ser, me ser sincera, de me ser justa , de me servir em mim.
Estou apertada aqui dentro desse corpo, não me entro mais, não me sirvo.
Não me caibo, nem por fora, nem por dentro.
Quem me vê não me reconhece! Quem me conhece realmente nunca me vê!
Ando míope, o espelho é cego assim como eu, nós nem somos mas nós.
Erro nas palavras, no português, logo eu que só sabia isso, escrever.
Quem me procura nas palavras não acha, nem a escritora, nem o faz de conta.
Me perco facilmente, me perco todos os dias, não me acho com tantos eus dentro de mim.
Estou lotada, contaminada, sou aquilo que não se pode mais ser.
Estou suja de tantas fases e faces,de mim, que nunca se encontra, se perde.
Não me sirvo, não me calço, não me acho.
Queria as vezes não ser tão minha.
(Ouvindo: The Pretty Reckless)
Um.
Corro, paro, perco o folego, talvez por culpa dos cigarros.
Rascunho em um.
Me leve pra casa preciso descansar, ando cansada e lucida de mais esses dias.
Ando precisando perder um pouco desse meu bom senso, me embriagar como antes.
Ando querendo me perder um pouco, mas aqui mesmo dentro de casa, no meu quarto, na cozinha, ir na área e fumar um cigarro, sentir cada tragada como a ultima da minha vida.
Você não me ouve. Olá! Não consigo te escutar também.
Veja como estamos distantes, e eu sinto falta das trocas de cigarros e das noites nunca dormidas.
Ás vezes eu preferia estar perdida, a ter me encontrado em você. Isso me mata!
Mas o que adianta agora? Quero ir pra casa, quero deitar e chorar sozinha como antes.
Eu sinto, sinto a perda dos braços, das pernas, da mente, do ar, de você.
Mas nada adianta agora! Você pode me levar pra casa? Quero ver mamãe!
Olá, não consigo te ouvir, e você me ouve?
Eu sou uma mentira, uma mentira de olhos sinceros.
E você acreditou que eu possa ser tão podre e má como dizem? Você acreditou?
Agora vamos pra casa? Quero tirar os sapatos e deixa-lós pela sala.
Desculpe, perdão! Por ter andado tão lucida esses anos, meses, dias.
Mas eu havia me preocupado de mais, reclamado de mais, te amado de mais.
Quero ir pra casa!
(Ouvindo: The Pretty Reckless)