Guerra de Corpos.

Depois da guerra de corpos...


  O dia amanheceu, guardei meus peitos em algum sutiã preto

   Procurei cigarros em calças jogadas pelo chão

 Encontrei um cigarro, meio amassado, meio surrado. O acendi!
 Abri a porta do quarto, na sala tocava alguma música escrota e bonita
 Mas o que acontecia ? eu estava perdida, não me lembrava dos rostos, de outros
 Olhei mais um pouco em volta, a casa era enorme, bonita.
 Sentei-me em um dos poucos lugares quietos, terminei meu cigarro
 Olhei para o resto, o resto eu era. Peguei minhas roupas sai da casa ainda de calcinha e sutiã

Pedi cigarros a um moço que me olhava assustado, peguei dois, e fui andando
 Meu corpo me pesava, a rua estava vazia, suja, fria

Eu tentei voltar para onde eu me encontrei, mas eu era no momento coisa perdida...
Eu queria me encontrar ? Ser algo certo ? O que faria se fosse ?
Acendi o ultimo cigarro com uma leve dor no peito, era algo como alivio.
Deitei na calçada, ainda semi nua mas cheia por dentro, terminei meu cigarro, fechei os olhos... 
Adormeci...
Quando acordei, eu era outra pessoa, agora vestida e vazia.

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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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