Todos os dias, recebo, recolho meu cacos como cartas de um desconhecido que me fala sobre amor, sento-me acendendo o que pra mim será o ultimo cigarro, como todos os outros últimos, na tentativa de estragar o pulmão para que o coração possa respirar, recolho suas cartas e as deixo perder letras, sem abri-las, sem nem ao menos ler. Agora nem mas fingir resolve, o que doí se vê até sem óculos.
Meus dias, enrolados por lençóis de tom duvidoso, aquele tom de amor que ainda não existe, enrolando minhas lágrimas, enroladas em todo esse amor que abastece cada câncer que tenho pelo corpo. Não vejo mais nada, estou cega e a muito tempo não sei qual é realmente a cor do céu, ele não é só azul.
Tento todos os dias me apossar de sua escrita, tentando assim ter você, mas todo aquele monte me acrescenta câncer, leio todas sem nem ao menos abri-las, e quando as leio estão todas em branco, nem mas a sorte nós ajudara, ou Satã nós alegra.
Agora nem mais fingir resolve, o que doí se vê sem óculos.
{ Ouvindo: - Lorena Chaves}
Ultimo Cigarro.
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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
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