Ela me diz que a solidão é como ácido sulfúrico que misturado a água explode dentro do peito, sai derretendo todos os seus sonhos. Diz-me até que os números não se somam mais, nem que as letras formam palavras. Eu não sabia o que era a solidão porque aprendi a viver comigo, assim apenas comigo. Ela me olhava nos olhos me contando todas as suas dores, me chorava falando que queria ver seu pai, que sentia falta dele, mas querida ele esta tão longe agora, talvez ele nunca vá voltar. Abraçava-me com tanta força, fazendo juras de todos os amores possíveis do mundo, fazendo eu realmente acreditar que aquelas mentiras eram verdades, me acolhia em lágrimas, eu a olhava querendo que ela parasse com toda aquela fraqueza, que ela me mostrasse força, mas não ela era tão frágil que se encolhia na cama nua, me pedindo para nunca lhe abandonar, e eu precisava mais dela do que de mim mesma. Ela chorava como se carregasse todo o pecado do mundo, e em mim pesava aquela dor, aquela mentira dita com tanta verdade, eu nunca soube amar, pra mim era mas fácil fugir, fugir era algo bom para minha liberdade. Mas com o tempo, eu a amei, a odiei, eu nunca iria lhe abandonar, eu precisava mais dela do que de mim mesma.
{Ouvindo: Roberta Campos}
Meu bem querer!
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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
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