As vezes é bom fazer algo de errado só pra sentir o coração bater.
Em mim quase não batia.
TUM TUM TUM
Tum Tum Tum
Tum Tum Tum...
Tum.
16 anos de muita rotina!
Nada mudou.
Ah! a unica coisa que mudou foi um numero a mais.
E de que me importa um numero a mais... Mas prometo que dessa fez paro de fumar !
Ressaca
Tamo na merda
Somos apenas uma merda na multidão ou então humanos no meio da merda.
Melhor seria se o mundo fosse um banheiro,seria mais fácil controlar essa bosta toda. rs
- Ouvindo: Mamonas assassinas- Mundo animal.
Costume qualquer de sentir
O mal que me estranha é o mal de estar feliz
Pois sendo triste, não estarei feliz. Não realmente.
Mas o que me importa, tenho um alivio maligno no peito
Um tumor que pulsa sangue, todos os dias e adormece com o chegar da noite.
A defesa que tenho é a solidão, o único meio é estar bem comigo mesmo
Não que tudo que venha com a palavra mal seja realmente má
Esse significado é tão meio termo para tanta projeção.
Não estranhe só porque estou feliz, em um lugar que nunca me senti bem. Meu corpo.
Mas eu gosto dessa alegria repentina, gosto também da dor, melhor que nada sentir
Nem dor, nem amor... Sentir me cansada me basta até
E não a bem propriamente dito, porque o bem necessariamente não seja bom
Ou seja, tanto faz.
Mas o que quero dizer, é que essa alegria que me bate é sem cor nem motivo.
E se sou triste é por que quero, por que a dor nem sempre é motivo de tristeza
Eu tenho dor na barriga quando me alegro muito, não que estar alegre seja algo de Consciente.
Mas o que se expressa nessa minha alma de coisa nenhuma
É o sentimento de que o mal e o bem talvez na verdade não exista
E que a dor seja aquela quando se sai sangue da pele, e a felicidade
Seja apenas acorda com um dia frio e tomar um café
Porque eu gosto desse pensamento que estamos apenas sonhando em plena realidade
Porque tudo o que te sufoca, um dia te fará bem ou mal.
Mas talvez o bem e o mal sejam apenas opiniões diferentes,
Gostos diferentes, talvez sejam apenas mundos diferentes
Ou palavras arrancadas do dicionário.
O mal que me atingi é a felicidade de admitir a tristeza como um bem qualquer
Mesmo ela não sangrando, mesmo ela não falando comigo eu a sinto
E admito que o cansaço me faz realmente acostumar-me com ela.
Como coçar os olhos para expelir o sono, quase como um extinto
Ou mesmo como um costume qualquer. – Banal.
E na verdade nunca sei se é isso mesmo que quero expelir ao coçar os olhos
Talvez seja só vontade de tocar em algo que nunca vejo com olhos propriamente ditos
Que nunca consigo realmente tocar, sem que lágrimas me cainhem
A dor talvez seja assim, de tanto tocar na alma ela machuca
Destrói, de tanto tentar sentir o que não se senti.
Nas madrugadas vagas (insônia)
Eu a considero uma amante
Que me vem sempre quando a noite chega
E me tira o sono. A chamo carinhosamente de Sônia
Já que ela gosta de meios termos, mas se quer saber...
Até que gosto dela.
Tédio, Tédio, Tédio vá para o inferno.
Já me encontro exausta de tanto ler, tentando assim conseguir matar o tédio.
Não que ele morra, por que sinto que ele é imortal...
É engraçado como ele se arranja em minha vida, seja sozinha ou acompanhada.
Eu o tenho como uma segunda companhia.
Até quando me sinto ocupada, ele toma posse e se ocupa dos meus afazeres.
O classifico como um vizinho chato, que me vem por inconveniência
Ou por que esta sem açúcar e que adoçar se me deixando entediada.
O tédio não passa de um solitário, que se ocupa a me atormentar
Ou pior a não deixar que eu me atormente, só pra não perde a graça.
Conscientemente eu arranco as unhas para acalmar-me ou mesmo
Para ter o que fazer enquanto não chega o dia, até lá eu já me fiz de louca
A conversa com a lua, já tentei dorme esquecendo-me de ter insônia
Até lá eu já estou parada a babusear com o tédio, que me vem toda a madrugada
Sem avisar, de tão intimo que se senti...
Meu eu e outros eus, tão meus quanto seus.
Tantas vezes sendo eu, acabo sendo um desconhecido
E não percebo que me perco a me auto confirmar
Despertei, mas parece que me movo como um cão mal adestrado
O meu eu novo, mói qualquer sintoma do meu eu antigo
E pesa-me não sei por quê.
Sinto-me, mas não me concordo, como se meu corpo não fosse meu
E os erros adquiridos não fossem de mais ninguém além de mim
A uma sombra sobre a vida mal vivida e bem conservada
Que de longe parece que nunca foi minha e de perto me parece
Tão semelhante aos meus traços, traços que talvez nem sejam meus
E meus eus e outros eus, não sejam tão meus quanto seus.
Acostumo-me, como se um esforço meu houve de me fazer parecer-me
Sou uma duvida entorpecida por vários clarões de sonhos
E saber-me que sou assim, acaba sendo o que sei que irei ser.
Mas me parece tão pouco, e me pergunto se despertei ou se ainda durmo...
De pára-quedas
Eu preferia passar a vida toda perto dos pássaros
Do que perde a vida desejando ter asas.
Nesse significado trivial de um dia poder voar...
Eu poderia correr e deixar algo brotar dentro de mim
Mas tenho presa, presa de me alcançar em vagos sonhos
De me alcançar e de me vencer, vencer meus próprios medos.
Vencer a vida!
A vida da qual sinto que sempre bate em mim quando acordo...
Que sempre me joga na cara que meus pés nunca saíram do chão
Que viverei sempre em terra firme, dura e triste.
E sinto que a dor daqui (realidade) me machuca de pouco em pouco
Culpando-me por sonhar de mais, por sempre sorrir sozinha...
E ocupar-me com vozes da qual nunca posso ouvir, ouso apenas com os olhos.
Culpando-me por ser tão triste...
Mas sempre quando paro vejo que na verdade nunca sai do lugar
Nem mesmo em terra firme, e não me perdôo por não voar...
Mas me cansa saber que aqui (realidade) é o meu lugar...
E me dói o cansaço da realidade que me bate sempre quando o dia chega
Tirando-me de um mundo que criei, todo defeituoso, mas que sempre...
Cuida das feridas que a vida faz e que sempre me da asas pra voar.
Já o pássaro que vivia em mim, não vive mais...Cansou-se!Largou-me!
Culpando-me por sufocar seu ar, sendo invadido por espaços de alegria.
E cotidianos de dor, e não o culpo... Só sinto falta de tê-lo comigo
Pra acalmar a falta de amor. Eu preferia passar a vida toda voando...Mesmo nunca tendo asas.