Meu eu e outros eus, tão meus quanto seus.

Tantas vezes sendo eu, acabo sendo um desconhecido
E não percebo que me perco a me auto confirmar
Despertei, mas parece que me movo como um cão mal adestrado
O meu eu novo, mói qualquer sintoma do meu eu antigo
E pesa-me não sei por quê.
Sinto-me, mas não me concordo, como se meu corpo não fosse meu
E os erros adquiridos não fossem de mais ninguém além de mim
A uma sombra sobre a vida mal vivida e bem conservada
Que de longe parece que nunca foi minha e de perto me parece
Tão semelhante aos meus traços, traços que talvez nem sejam meus
E meus eus e outros eus, não sejam tão meus quanto seus.
Acostumo-me, como se um esforço meu houve de me fazer parecer-me
Sou uma duvida entorpecida por vários clarões de sonhos
E saber-me que sou assim, acaba sendo o que sei que irei ser.

Mas me parece tão pouco, e me pergunto se despertei ou se ainda durmo...

- Ouvindo: Pearl jam-Better man.

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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