Jogo de Azar


5 horas interruptas de álcool e jogatina, seus olhos estavam pesados.
Seu corpo todo fedia a álcool e diversão
Mas como não se divertir, era o que se propôs a fazer melhor.
Todos os dias, as 08h00minhs AM se via passar com seu boné de magnata.
Sua calça justa de um jeans barato, seus sapatos enganadores com cara de couro.
Não eram de couro, não por que não tinha dinheiro, mas por que nunca o quis, não era importante.
Sua vida se resumia em sair de seu trabalho em uma casa de tiros e ir direto gastar todo o seu dinheiro com alguma puta barata, bebidas e jogos de azar, sim eram mesmo de azar.
Passou todos os dias, alimentando sua ilusão de vida miserável.
Acostumando-se com qualquer prazer, com qualquer duvida mal esclarecida.
Acostumando-se com a loucura, era perfeito.
Mas um dia algo mudou se apaixonou por uma de suas putas que lhe dava amor em troca de dinheiro, colocou-a em casa, apresentou-a a seus amigos, deu-lhe um mundo, uma vida em troca recebeu amor, era imperfeito.
Um dia largou o jogo, o álcool, o vicio, largou até seu trabalho na casa de tiros, uma de suas paixões- Armas- para voltar a ser professor de física, levando uma vida normal e chata.
Sua puta agora não era mais puta, era mulher respeitada.
Todos os dias, as 07h00minhs AM se via passar um homem careca, com calças apertadas, sapatos enganadores, indo trabalhar, triste.
Um dia ele morreu, morreu de lucidez.

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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

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(Tati Bernardi)



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