Tênue.



Sou fraca! Admitir-me doí, mas a dor no momento é leve.
A ponto de conseguir carregá-la com duvidas e ausências
Minha fraqueza não é simulação, nem surtos momentâneos.
Ela é constante, irregular e perversa.
Mas te juro moça eu não sei lidar com isso, não sei.
Eu consigo carregá-la, mas paro sempre para me despir.
Volto a me mascarar com confusões que me prendem em um circulo
E ao redor não vejo ninguém, apenas nuvens e suor.
Você consegue me entender moça, tente!
Não resolveu sua compreensão, não infringiu minha capa.
Nada se consolidou, e me doí lhe dizer, mas sua presença não me ajuda.
Talvez me enfraqueça mais, sou tênue, mesmo não se vendo a olho nu.
Sou o inverso que seus olhos veem, sou confusão em pleno silêncio.

Não quero me infringir, só quero acabar, quieta sem duvidas.
Não falo de dor, falo de capas, olhos vermelhos, escuro, solidão, fragilidade.
Nem tudo doí moça, mas tudo no fim vira dor.
Aquela que não arranca pele, que não tira sangue, nem ao menos toca.
Ela simplesmente me vem, e me derruba, sozinha, sem perdão.
Moça consegue ver, olhe minhas mãos, elas não transcrevem o sinto.
Elas emolduram minha dor com algum rosto desconhecido, mudam meu nome.
Colocam-me como poeta, e justificam a fraqueza por questões de amor.
Mas moça, eu admito a fraqueza, não me interprete mal.
Eu só não quero me esconder, não quero criar eu-líricos absurdos para enfeitar minha dor.
Ás vezes eu só queria ter o meu nome, chorar, levantar-me.
Mesmo estando em pé, eu queria poder me levantar.
Moça querer é pouco, eu sei, ele não é suficiente.
O que seria então suficiente?

Observe estou de novo distorcendo o rumo da conversa, me prendendo a explicações.
E nada justifiquei, apenas confundi, consumindo a resposta certa
Percebe? Eu me engano, acreditando ser forte.
Mas não sou, sou tudo menos o que você pode ver.
E admito não saber o que fazer com tanta fragilidade entre meu sangue.
Juro não saber a onde me perder.

- Ouvindo: ( Nirvana)

0 Rabiscos de Outros:

Postar um comentário

Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

Agora, Aqui !

--------------

"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



De encontro.

Os Viciosos do Circulo.