Sendo meu Próprio Hospede!


Não cutuco as palavras com essa mera simplicidade que me julga ter
As respostas bem organizadas sempre me vem na mesma postura arrogante de você
Em trilhos suicidas me deparo gritando o seu nome. - Volte, volte ou me deixe logo, rápido!
Atacando o mero passar da idéia suicida de você me jogar apenas por prazer
Esqueça, a dor é mera coincidência, nessa nuvem seca de cigarros...

Arrasto os moveis, mudando a sintonia velha da sala
Gostando e amaldiçoado os meus pesares, medos e afins
É contagioso a sua forma de me fazer pensar sempre
1,2,3,4 paro não quero seguir seus mandamentos
Deixando apenas no lugar minha livraria emparceirada
Que me consome com as mesma palavras, que eu releio ao me auto dizer tudo velho, novo
Tomo banho, tiro a grotesca idéia de me mudar daqui que some pelo ralo
Mas a pele anda enrugada de tanta sujeira na alma, de tanta cobrança sua sobre mim

De volta me encontro nos trilhos aguardando a dor voltar distraída com cigarros entre os dedos
Parceria antiga, comprada sempre na venda da esquina
Talvez eu não goste dessa esquina, dessa cidade, dessa contagiante rotina
Talvez, talvez, talvez eu apenas sinta saudades do frio
Mas você me vem de volta desprezando as minha opiniões
Restringindo o meu mundo. Mas vizinho você é intimo, de certo seja eu!

Então eu e você estamos interligados, presos
Porem eu preciso tirar a poeira do tapete, tirar as vidas de baixo dele
Sufoca-las de uma vez ou adentrar dentro delas. Sufocar-me, adentrar-me !
O que posso fazer é segui-lá, segui-lá consciência
Mas agora irei ficar nos trilhos brincando de ser meu próprio hospede...

Hospede na minha consciência!

- Ouvindo: The Distillers-Open sky.

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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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