Ás três e meia da madrugada
A porta se abre
E há passos na entrada
Que trazem um corpo,e uma batida
E você repousa a cerveja
E vai ver quem é.
Com os diabos, ela diz
Você não dorme nunca?
E ela entra
Com o cabelo nos rolinhos
E num robe de seda
Estampado de coelho e passarinho
E ela trouxe a sua própria garrafa
Á qual você gloriosamente acrescenta
2 copos;
O marido, ela diz, está na Flórida
E a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
E ela tem estado procurando emprego
Nos últimos 32 dias.
Você diz a ela
Que é um cambista de jóquei e
Um compositor de jazz e canções românticas,
E depois de uns dois copos
Ela não se preocupa com cobrir
As pernas
Com a beira do robe
Que está sempre caindo.
Não são pernas nada feias,
Na verdade são pernas ótimas,
E logo você está beijando uma
Cabeça cheia de rolinhos,
E os coelhos estão começando a
Piscar, e a Flórida é longe, e ela diz
Que não somos realmente estranhos
Porque ela tem me visto na entrada.
E finalmente
Há muito pouca coisa
Para dizer.
Charles Bukowski *
Conversa ás três e meia da madrugada
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quarta-feira
- Ouvindo: Maria Gadu- lounge.
Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
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