Quadrado, redondo perdi no tombo
Daquele amor que o doutor falou, me avisou era sincero, fora do sério
Eu acreditei só eu ninguém mais, você partiu me diluiu
Eu chorei amarga-mente, gritei quase saindo do corpo sem som, sem voz, sem nós
Do nó, do cego, sem verbo, doeu, doeu, doeu, de mais pra mim...
Mal organizado, fora do salto do tombo alto, muito alto
Perdi o chão, você partiu levou meu tom, meu violão
Agora cega sem coração, eu mereci a dor-desilusão
De um mundo todo, sem sábado nem hora pro almoço
Trabalho forçado de joelho machucado, você partiu sem regresso nem olhos pro teto
Vise-versa meia conversa, no banco me disse adeus. - Adeus meu bem! Adeus...
Era de menos, de mais, de tudo, hora atrás.
O verso do vise-verso ficou calado, sem meio papo, falta de abraço
Saudades suas, se te conheço ou se apenas vi, ali, lá, do outro, de cá
Correndo pra alcançar o ónibus, cheia de livros alguns conhecidos outros nem lembro o nome
Era de fato, de meio prato eu te comia com os olhos mortos
A tua beleza sem realeza, você sem nome-sobre-nome.Ana, Lunar, Amanda, Vanda, Luana
Me parecia que era minha apenas minha, me disse adeus sem ao menos se apresentar
Depois do tombo, errei o ónibus e te encontrei em outro lugar...
Destino traçado, azarado, cupido culpado
Depois sumiu, eu, ela, sem meio papo, cego e de joelho machucado
Perdão por não me apresentar.
- Ouvindo: Pata de Elefante.
Verso-Vise-Versa.
Rabiscado por
Ar
domingo
Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
3 Rabiscos de Outros:
Antes de mais nada, gostaria de dizer que gostei do layout do blog, nostálgico e interessante.
Muito interessante o jogo de palavras do poema, rimar no mesmo verso não é fácil.
Gostei e aguardo por mais.
Beijão.
- Obrigado! Eu tenho rimas pro café, pro almoço e pro jantar, sempre tem mais, mais uma rodada...
Seus poemas dariam ótimas musicas, daquelas que fazem a gente refletir, sentir, que se nossa parte. Assim como simplesmente as suas palavras podem ser encontradas subjetivamente no leitor
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