Uma carta pra dizer adeus !

Sabádo 16 de de maio.

A muito tempo eu me privei em te dizer que sua dor me manipulava
Machucando egocentricamente meus dois braços, minha mãos, meus pés
Me deixando imóvel a tudo que me deixava feliz, mesmo sem eu perceber.
Eu te amava, em mim fazia algum sentido essa palavra, pra mim era o que bastava
Dizer te amar, apenas por querer amar.
Eu assim me pus a sofrer, calada, inconscientemente.
Não adiantava passar horas te ouvindo, te sentindo, no fim você era apenas carne e pele,
Que ficava podre, suja e com a pouca sensibilidade que eu tinha, me enojava te amar.
Me privei apenas por acreditar que amar era sofrer, caminhando com a dor no bolso esquerdo.
Mas você sabe mais do que ninguém, que eu odeio tornar cotidiano em mim esses sentimentos Banais, e por mais que me frustrasse como individuo eu os deixei entrar
Sem nenhuma cerimônia, habitando a caixa e a ocupando
Sufocando as regalias que me propus a ter das quais amar ficava em ultimo lugar
Para de propósito não ter a dor como aliada, mas já agora ela é intima
Se de certo comanda minhas duas mãos que enfraquecem o pincel e torna fraco o que havia a lhe dizer.
Foge de controle as minhas palavras e quando a mim voltam, se tornam essa rasura de dor
Essa fraca carta de amor, ah! Seria sofrido lhe empurrar de um penhasco
Com cada palavra de odeio que tenho a lhe dizer,
Mas depois eu gostaria de te ver precisar de mim de novo, segurando minhas mãos para se ergue
Mas não quero rasuras nessa despedida, na verdade só quero um fim, como nunca acreditei querer antes.
Se cair alguma lágrima quando ler esta carta, as enxugue não admito mas que engane minhas Palavras com sentimentos baratos e de aluguel, não quero que minta achando ser sincero esse Amor, eu já cravei meus pés e machucara se tentar tira-los de novo, quase os cortou.
Não precisa retornar respostas. Nem desculpa, ou dores
A caixa anda vazia, queimada e sozinha
Mas me sinto livre e feliz de ter meus pés cravados
Já que a realidade agora venha a se tornar meu melhor aliado...

De: Arie.

- Ouvindo: Livin' Blues.

5 Rabiscos de Outros:

Pérola 9:46 PM  

Ai, q texto lindo!
Não sei o q é mais dificil escrever uma carta dessas ou ter coragem de enviar rs
beijão

Deivis 6:46 PM  

Adorei o Texto *-*

Parabéns!! ^^

Érica Amorim 8:21 PM  

Se é pra dizer adeus, pra que esperar...

adorei o texto e seu blog, na verdade achei na comunidade ...
mandou bem: "...Mas você sabe mais do que ninguém, que eu odeio tornar cotidiano em mim esses sentimentos Banais..."

te seguindo...

abrçs

Unknown 6:09 PM  

Lindo texto, parabéns você escreve muito bem!

Ar 4:30 PM  

- Obrigado !

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Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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