No meu quarto quieta, cansada
Entretida com livros baratos, bons livros baratos
Pesa-me, realmente me pesa
Toneladas de vidas velhas, almas velhas
O dia nasceu não tão lindo, mais nasceu
Entre vinte ou uma lágrima, solitária
Se estiver feliz, ta bom, se não, ta bom.
Minha inconsciência consciente
Tentando revirar corações
Que servem realmente pra quê?
Pra pendurar fotos,adesivos de lembrança
Quase sempre fútil, quase nunca justo
Do tamanho de um nada, isolado
Que embala minha visão, rabiscada
Um grande espaço da matéria vazia.
A solidão acompanha-me
Por todas as multidões
Me pega a mão, e me segue
Feliz por ter um companheiro
Que nunca a deixara, ou talvez nunca me deixara.
Apego-me
As palavras vazias
Das almas velhas, empolgadas
Dos sorrisos de relance, ligeiros
Que nem sempre são pra mim
E mesmo se fosse não faria diferença alguma.
A dependência, não depende de mim
Nem mesmo dos vícios
Que me culpo tanto por ter
Mais depende de fazer qualquer coisa
Que seja má, que seja boa
Pra desapegar-se da solidão
Companheira boa.
Companheira boa.
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sábado
-Ouvindo: Cassia eller- Todo amor que houver nessa vida.
Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
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