Sou muitas, por isso me perco tanto assim



Me conhecer é complicado, cansativo
Sou chata, egocêntrica, mesquinha.
Quase sempre me guardo
Para que ninguém saiba o quanto sou perversa.
Me proíbo ao certo, o errado sempre me atraiu mesmo
Pra mim, tem que ser bom ou mal, indecisão me da raiva
Tenho varias Arielas dentro de mim, mais sempre nunca é
Gosto de venenos perigosos, gosto de tudo que me tire do chão
Sou mais antiga que eu mesma, talvez por isso nunca me lembro.
Nunca repito nada, só as doses de bebida.
Minha saúde é decadente, isso me preocupa
Vamos fumar um cigarro ?
Sou possessivo, dislechada, pecadora.
Gosto do impossível, do que não existe, da ilusão
Nunca me lembro de nomes,
Mais me recordo vagamente de rosto, vozes, cheiros
Gosto de sentir, sonhar, inventar , imaginar.
Beleza, verdades, amor ainda é pouco
Pra mim é muito pouco.
Ontem fui freira, hoje prostituta, amanhã poeta
Não quero que ninguém me entenda, só me aceite
Sou tão fraca e tão forte, que vivo no nulo.
Ordeno-me, a amar e a odiar.
Sou dona de mim mesma, e isso é tão chato
Não quero que me conheça, prefiro não te assustar
E para completar não sei se tudo isso é verdade.

- Ouvindo:Tricky - Pumpkin.

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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