A insónia me pegou pelo pé, ando tão fora de forma
Ou banal ?
Deixei de roer as unhas e deixei de mentir
Ou passei a mentir menos.
Justamente por me achar assim apagada
É que precisava me cobrir de mentira
Como se veste um manto fulgurante
Agora ali estava, cercada de gente por todos os lados
E ainda mais solitária do que fechada no quarto
Onde seus objetos lhe asseguravam a memória já na faixa da insegurança
Diante dos outros tinha que inventar e fantasiar
Minha mentira começou a ser redigida, com um objeto certo
Então ramificava os perigos, exagerava as dificuldades
Assim a mentira, folha cadente
Que podia parecer tão brilhante mais de vida breve.
Falava muita vezes o que vinha na cabeça
Era boa em contar historia, contador mentiroso
Então ela ria, ficava rindo também
Confundida mais contente, ao menos achava alguma graça em mim
Fui andando solene
Porque no bolso a onde levara o amor levava agora a morte.
Eu mentia sempre com ou sem motivo
Era mais fácil
Falar a verdade é muito difícil
Contador de mentiras.
Rabiscado por
Ar
terça-feira
- Ouvindo: Cassia eller- Malandragem.
Ariela Venâncio. Tecnologia do Blogger.
0 Rabiscos de Outros:
Postar um comentário