Dias Inexplorados.

Meus surtos andam piores, a ponto da casa toda ser trancada
E eu me esconder, encolhida, com medo da existência.
Essa loucura me arranca os olhos, me embriagada em meio a tanta lucidez
Eu tenho medo, medo de morrer entalada com tanta verdade
Eu não quero viver trancada, não quero ser louca.
Mas sinto que esse é o meu único refugio.
Tem dias que tudo isso me some, nesses dias inexplorados
Eu sinto dor, mas não se engane não falo de pontadas
Falo aqui de perfurações, de cicatrizes, de algo que vem da mais profunda angústia.
Prefiro a loucura a uma vida de tristeza.

Eu não quero estar sã, quando você partir.
Não quero estar bem, quero realmente sentir essa perda.
Quero sentir todas essas perdas, quero que tudo caia sobre mim.
Por que só assim, eu saberia que estou viva, que algo me correi
Eu não quero permanecer no vazio, quero ter algo a oferecer
Mesmo que isso me custe a existência, a lucidez e a coerência.

Por que não a mal em ser louco, a loucura no momento é minha aceitação.


- Ouvindo: (Radiohead)

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"Publicar um texto é um jeito educado de dizer “me empresta seu peito porque a dor não está cabendo só no meu.”

(Tati Bernardi)



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