Senso do Ridículo.


Eu não estava bêbeda, mas havia bebido um pouco naquela noite.
Cheguei em casa muito sorridente, tirei toda a roupa e permanece na cama até o sono me vim.
Com alguns minutos passados eu começava a ficar histérica
Sempre tive crises terríveis de insônia.
Acabei pegando o celular e ligando para alguns amigos, todos deviam estar dormindo
Ninguém havia me atendido, eu estava furiosa pela falta de ambição noturna das pessoas.
Continuei ligando, tentando achar alguma alma perdida naquela noite. Nada!
Coloquei alguma música para tocar, esvaziei a mente.
Me senti uma ordinária incomodando as pessoas aquela hora da noite.
Mas que merda, eu não me importava, sim eu pouco me fodia para os outros.
Eu devia estar bêbeda de tanta lucidez entalada nos poros.
Não me dou bem com rejeições, e sempre que recebo um não me sinto desprezada.
Até mesmo quando não me chamam pelo nome eu me sinto uma merda.
Eu devia estar Bêbeda.
Tentei naquela madrugada ainda ler alguns livros, mas as vistas embaçarão
Eu me sentia uma jovem ao fim da vida, parecia que eu carregava o peso de um câncer.
Acabei dormindo por cima dos livros com meu gato aos meus pés e uma falta enorme de senso do ridículo.
Hoje tive que levantar cedo para ir trabalhar, eu estava de ressaca moral.
Peguei meu celular e fui ver os numero discados na noite passada.
Que merda! Eu devia estar bêbeda.
Se precisa de resistência para viver assim, sem nenhum senso do ridículo.


- Ouvindo: (Cássia Eller)

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