Sem titulo e demasiadamente incompleto.

Eles se conheciam a pouco tempo.
Ela era sincera e livre.
Já ele era inteligente e não acreditava no amor.
Um dia ele a encontrou em uma praça, ela estava só.
Ele se aproximou, sentou-se frente a ela, sorriu.
- O que venho fazer aqui a uma hora dessas?
- Sempre venho aqui. Eu gosto de pensar.
Ele não tinha percebido que a praça a noite era linda.
Que se tinha um mundo único e maravilho quando ninguém estava lá.
Ela lhe ofereceu um cigarro, sentou do seu lado encostando-se em uma árvore.
Os dois ficaram em silêncio alguns minutos mastigando a fumaça.
- Não tem medo?
Ele a perguntou, sem pensar muito na pergunta.
- Medo de que ?
- De ficar só a essa hora em uma praça tão escura?
- Não, as vezes tenho medo de estar em uma multidão e todas me olham.
Isso talvez não seja medo, mas eu gosto de não me sentir perdida. Aqui eu sei bem o que sou.
- E o que você é ?
Ela balançou a cabeça, sorriu bem baixo.
- Posso ser o que você quiser, dependendo se você deixar ser o que quero.
A conversa se entendeu por horas, até os cigarros acabarem e chegar a hora dela partir.
Ele passou a semana pensando nela, pensava de pouquinho em pouquinho.
Para não perder cenas, ou palavras que na hora não tinham muita importância.
Ele sabia a onde encontra-lá.
Passou a semana inteira, chegando no dia que ela havia falado sempre estar na praça.
Lá estava ela, sentada no mesmo local, com seu cigarro nos dedos. Sozinha!
Ele se aproximou.
- Olá.
- Eu não te esperava aqui de novo, mas pensei na hipótese e trouxe vinho.
Ela tinha a medida correta para seus sonhos, de meninas ocultas, apaixonantes e doce.
Ele sentou-se, encheu o copo de vinho, pegou um cigarro e a observou.
Depois de muita conversa e de muito vinho, ele a perguntou: - Por que não te achei antes?
- Porque antes eu era nada, e você não gostaria de um nada.
A vida nunca da a mesma volta, ela espera o momento certo, o errado, talvez esse seja o nosso momento.
- Só não me diga se o momento é certo ou errado!
Ela ficou em silencio com um leve sorriso na ponta dos olhos.
Ele não sabia de certo o que sentia, sua intimidade era perdida sempre que a encontrava
Ele sabia o que ela iria dizer antes mesmo da pergunta.
Mas nunca tinha passado a hipótese dele amar, e isso não existia não realmente.
Em uma noite ele a perguntou: - O que é o amor pra você?
- Não sei, talvez seja apenas dividir cigarros em uma noite, embriagados por vinho.
E sentir que o mundo pode estar acabando, mas você continua fumando e rindo para o outro.
Sim talvez isso seja o amor.


- Ouvindo: (Pearl Jam)

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(Tati Bernardi)



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