Mexi no cabelo
Tentei parar de fumar
Voltei com a insónia
Parei de vomitar
Gostei do corte novo
Odiei a falta de ar
Gostava das nossas caronas
A qualquer hora
A qualquer lugar
Você ria, achava graça
Eu tentava aproveitar
Com tantos desconhecidos
Se acostumava
Ao tédio, de subir andar por andar
Voltei de cabeça feita
Do lado oposto que a outra deixou
Gostei mais das nossas estradas
Do que as andanças de elevador
Gostava de te ver tímida
E eu tentava não demonstrar
Cortei o cabelo
Voltei a fumar
Me acostumei com a insónia
E a falta do seu olhar...
Rascunho
Um café para os atrasos.
Olho as horas -ainda tenho tempo-...
Tempo de sobra até
Mais um gole no café,
Engulo junto com as letras do livro
Passa mais um ónibus- talvez esse me servia-...
Fecho o livro acendo um cigarro inconsciente
Volto a ler, é engraçado como tenho domínio
Sobre os personagens, a cor da pele, do cabelo, dos olhos...
A alma se satisfaz com a fumaça e os copos de café
Os olhos inquietos comem rápido cada palavra
Cada momento, cada imaginação.
-Devo estar atrasada, de novo.
E a estação esta cheia de gente
Mais não vejo ninguém na movimentação
- Perdi mais um ónibus, droga-...
Olho as horas- Estou atrasada-
Pego o livro,café e cigarros e entro no ónibus
Para mais um dia, sem local pra ir...
Nas 24 horas agitadas...
Quase não vejo o sol
Meus cigarros acabaram
Convivo constantemente com o tédio
Devo engorda mais vinte quilos
Não durmo, passo a noite assistindo filmes
Lendo livros, abrindo e fechando a geladeira
Uma grande rotina,
Uma grande merda...
E ainda tenho tempo pra pensar
Em qual canto da sala vou desafinar meu
Pequeno violão
É, uma grande rotina...
- Estamos de férias, ebá !
Pintando o tédio em uma quarta a noite.
Essa falta que amola qualquer pensamento
De um simples trago
Ou um simples beijo inútil desconhecido
Que transforma o tédio em uma valsa
Na dança da alegria de um dia chato ou ruim
O som do silêncio que sufoca
O simples passar do vento
Entre uma e outra madrugada
Para os que ainda conseguem descansar
Sem perceber um simples barulho do tempo
Com livros bons e longos
Distraindo a caneta ligeira que assombra
Os olhos limitados a abrir e fechar
Enquanto tudo passa, tudo fica...
Se acomode, com o simples barulho do bater
De um coração ainda em movimento, por enquanto.
Nem a surpresa ou o medo assombra
Um vazio forjado para os fracos
Na tentativa de sentir qualquer bobagem ou coisa alguma...
É só fechar os olhos depois da porta
De um pensamento qualquer
Trazendo a realidade pouco adquirida
Em meio a tanta imaginação ou falta de atenção
Não significa nada, não significa tudo.
Entre um passar de ilusões vagas
Que até pouco tempo tinham graça
Entre o derramar de ilusões dos olhos
Prefira a falsa e pura vontade de derramar
Mais um pouco de palavras em uma noite
Alegre e inventada.
- Obrigado!
A incerteza ainda mais desvairada
Doía em mim
Aquela comédia
Eu sofria contente
Com o peso do meu desastre
''Vão os anéis, ficam os dedos''
Dentro dos olhos vazios de insónia
Exercitava a imaginação
Em um jogo excitado de
Farsas e alegorias
Eu erraria, sem duvida
Todos errariam.
Na minha mente havia
Uma ameaça inútil do erro
Movia-me devagar
A cabeça baixa roendo a gordura
O pessimismo entre uma e outra tragada
Meus olhos frios, sem vida, ausentes
Sem ver o mundo
Ilimitado da caixa vazia do meu coração
Procuravam trazer a realidade
Para não esquecer de mim...
Merecida a minha amada.
A sinceridade foi perdida
Em meio aos cinzeiros da vida
Tenho pele, tenho osso
Mais juro que falta um coração...
E não tem mais rima
Que tire o tédio do lado
De trás, de frente
Tanto faz...
Não é preciso que minta
Mais não me fale a verdade
Não me diga adeus
Não me diga que vai embora...
Machuca alguma coisa na alma
Já que coração me falta
Não tem motivo para ter chuva quente
Nem mesmo pra esse vazio.
Vamos ?
Recomeçar ?
- Não me esqueça...
-Vou embora...
E me deixou sem ao menos...
Sem ao menos ficar
Aqui por segundos
Volte, antes que eu perca o ar...
A falta de sono um dia vai me matar...
Escondendo de baixo do chinelo velho.
Pra qualquer coisa, ou coisa alguma
Talvez seja essa vontade louca de vomitar
Em frente ao palco lotado de falsos
Embora não sei quem sejam os falsos...
Mais agente tira no par ou ímpar
Ganhei!
Perdi!
Perdemos!
Melhor de 3 ?
Quem sabe na mesma mesa
Com sorrisos e vozes meigas
Alisando a mentira com espinhos.
- Quer mais um copo ?
Cortando as unhas.
- Devo admitir,
A dor machuca menos quando se esta cansada...
Me falta um bom livro e cigarros.
É fácil se apaixonar sozinha em minha loucura
A primeira vista um amor
Constantemente a vejo
Em lugares, atalhos de uma vida vã
De certo ela percebeu
Meus olhos, em cima dos seus
E se ela de repente
Voltar o olhar
Até deixo de fumar
Ou tendo deixar...
De todos os lugares
De todos os olhares
De todas as palavras
O vulto dela entre tantos
Me persegue, me...
Engraçado que não sei
Seu nome,
Talvez seja Ana, Clara, Samanta
Ou até mesmo Maria.
Me falta a lúcida coragem
Pra qualquer coisa,
Ou coisa qualquer...
Pra deixar apenas
Um leve sorriso
Antes que eu perca
A ilusão do poema.
Até nas palavras
Que a pouco escrevo
Dedico a ela, que nem sei se existe
Ou se é fruto de uma noite mal dormida
Sem cigarros e sem livros velhos
O pior que tudo passa
Até uma nova tragada
E uma boa leitura...
- Então que venha o novo amor.
Volto logo, vou fumar...
Poema as 4:05hs
Fecho as pálpebras
Quase negras
Cansadas.
Minha alma muda
Anda perdida
Cansada de tanto voar
As vezes parada
No mesmo lugar...
E os olhos postos
No caos do vazio
Esquecem caminhos.
Mais o que importa
O mundo das ilusões,
Em seu mísero segredo
De consciência ?
As vezes tudo, as vezes nada...
Meus olhos andam cegos
Paralisados
Sinto os passos de dor
Meio decaídos,
Sem motivo algum
É sempre a mesma
Mesma magoa
Mesmo tédio
Mesma ausência
Andando atrás de mim
Sem fim...
Podem voar ?
Batida da chuva...
São 4:30hs
A batida da chuva no chão
Desconcentra
As palavras que a muito tempo não saem.
O cabelo agora curto,
Nem pinga tanto como antes
A chuva molha o papel,
Molha o tédio,
Molha a raiva,
Molha ausência,
Achada entre o mel e a ferida,
Molha o militarismo
E até os olhares leves de preconceito
Cansando as pálpebras , agora baixas...
E talvez a culpa seja toda de um outro
Que durante a chuva,
Nunca tenha olhado meus olhos
Agora cansados e chatos...
São 6:15hs
A chuva ainda presente
Brinca com o vento contente
Dentro de algum ar invisível no ceú
Que confunde
Meu companheiro madrugueiro
Molhado, com a fumaça leve, fraca...
Terminando, indo embora
Acendo outro, esquentando
O vento que apavora...
As unhas já não suportam
A promessa de que com elas
Nunca mais ira mentir
Ou ira mentir menos.
São 7:00hs
Acaba de terminar
Com a promessa
E com as unhas
E fingi voltar a amar...
A chuva ?
Agora foi embora
Restando acesso
A fumaça sincera
Em uma leve noite nublada.
As palavras que a muito tempo não saem
Agora estão cansadas,
Sem chuvas, sem dias
Na minha rua desfolhada…
- E o amor ?
Nada mais segura?
- Nada mais...
E o amor ?
- Sei lá...
Realmente sentiu ?
- Talvez, talvez não...
Então porque menti tanto pra mim ?
- Pra te ver feliz...
E você se vira, pro lado e pro outro...
Terminar sozinha
Sentada em um quarto
Sem cigarros
Sem bebidas
Sem cabelos
Sem paciência pra ler,
Ou sem visão pra isso.
E de manhã
Repetir o mesmo
Ritual...
Acordar
Reclamar da dor nas costas
Olhar pro tempo
E gastar o tempo sem fazer nada
E se sentir feliz sem saber o motivo...
Vira pro lado
Pro outro
Como uma
Montanha russa.
Enquanto todos os outros
Ainda tem esse mesmo ritual
Só que menos idade...
Conversa ás três e meia da madrugada
Ás três e meia da madrugada
A porta se abre
E há passos na entrada
Que trazem um corpo,e uma batida
E você repousa a cerveja
E vai ver quem é.
Com os diabos, ela diz
Você não dorme nunca?
E ela entra
Com o cabelo nos rolinhos
E num robe de seda
Estampado de coelho e passarinho
E ela trouxe a sua própria garrafa
Á qual você gloriosamente acrescenta
2 copos;
O marido, ela diz, está na Flórida
E a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
E ela tem estado procurando emprego
Nos últimos 32 dias.
Você diz a ela
Que é um cambista de jóquei e
Um compositor de jazz e canções românticas,
E depois de uns dois copos
Ela não se preocupa com cobrir
As pernas
Com a beira do robe
Que está sempre caindo.
Não são pernas nada feias,
Na verdade são pernas ótimas,
E logo você está beijando uma
Cabeça cheia de rolinhos,
E os coelhos estão começando a
Piscar, e a Flórida é longe, e ela diz
Que não somos realmente estranhos
Porque ela tem me visto na entrada.
E finalmente
Há muito pouca coisa
Para dizer.
Charles Bukowski *
Papo mentira!
Ainda gosto das coisas organizadas
Em seus lugares, arrumadas.
Gosto das musicas modernas
Das poesias bregas.
Me considero careta inconsciente
Não fumo, não bebo, não falo palavrão
Brinco com o sarcasmo, não gosto da ironia
Sou quase um anjo querubim de buteco
Faço tudo por amor, por carência
E sempre perdoo as pessoas, sempre...
Também sou...
Mais pra ser sincera as vezes minto muito...
- Garçom mais uma rodada !
Mais não tem revolta não...
Entre conflitos mal resolvidos
Lágrimas bem organizadas
Sobre uma vida falsa
Com uma falta de ar monótona...
Nem precisava trancar as portas
Nem precisava proibir
A simples falta de olhar
É o pior caos, entre e fora...
De baixo de sete palmos
A uma vida feliz ?
Do fundo do coração
Ou fora dele, se sente o vazio
O vazio correr pelas mãos
Inconsciente, consciente
Doí, fere, machuca
Sem deixar cicatrizes, deixando tumores
No peito, deixando o mundo menos mundo...
- Eu não precisava
Talvez queria precisar
No fim acabei precisando de mais...
Vaidade arrojada...
Esse imaginário mundo de metáforas
Com meias mentiras consolidadas
Tentando extrair algum drama
Com cortes arrojados, peles enfeitadas
Inventando historia de um mundo feliz.
- Mais esqueça a mentira, deixe as unhas de lado
Esqueça o nó no pescoço, mude, contrarie
Mesmo que seja pra matar o tédio
Brincar com a infelicidade ou sofrer por ela !
Culpando a fantasia
Pela falta de amor próprio
Esqueceu da vida vazia
Desperdiçando tempo
Inventando texto
Contexto, painel, espelhos...
Ramificava as hipóteses
Inventava as verdades
Jogava no muro a vaidade
E do outro lado ficava o amor
A sua frente ficava mesmo
Sá a dor.
Rascunho salvo...
- Ouvindo: Adriana Calcanhoto- Devolva-me.
Transitoriedade !
Ter vícios e ser errado
E um jeito de deixar a vida menos tediosa.
Nunca quis ser interessante, ser legal
Me sinto bem em não participar de nada
Transitoriedade
O mundo é um caos, ao qual !
Não quero ter a liberdade de muitos
Quero ter a liberdade
''De fumar nua no teto''
Não quero que doa, nem que faça bem
Quero simplesmente o que não existe
O que não tem razão, nem hora.
Precise sleep,Precise sleep!
Eu caminharei por ai, com pedras no bolso
Fumando cigarros de mais
Esquecendo a falta que alguém me faz
Sorrindo pro tempo, achando graça do vento
Bebendo a meia lua, e depois a inteira
Odiando as pessoas, odiando um pouco mais
Esquecendo de ser poeta, deixando de mentir.
Vou sair por ai, no meu short lilás
Em pleno Carnaval com cara de triste
Fumando muito mais cigarros
Desequilibrando as palavras
Desinteressando o meu passado
Levando comigo apenas
Livros
Cigarros
Violão por de baixo do braço
Ar
saudades
Felicidade ou tristeza
Qualquer uma delas
Para mais uma noite sem sono...
Ter sono cansa, viver cansa mais ainda.
''Tenho tanto sentimento, que finjo não sentir
Para disfarçar a dor de que tudo isso é ilusão
Mais reconheço que não me conheço pois despertei
Sem nexo ou principio para um nova noite de sono.
No mal estar em que me vejo
As vezes minto pra mim mesmo
Mais eu a mal dormida, não tenho noite nem dia
Nem sinto falta ou vida, apenas acho graça
Da pobre vida vazia...
Deixei as unhas crescer
Com a des(culpa) de que assim sofro menos
Indefinido e vão o dia chega
Sem permissão invade, os olhos mal abertos pela miragem
Me tratando como um vizinho enganador
Pegando as ultimas horas de sono que tenho
Pra depois que a noite voltar eu recomeça do fim
Sem sono, sem sono, sem sono, sem sonho.
Se existe, existe demoradamente
A vida não passa de uma estrada grande e tumultuada
Coberta por vícios, e noites de dia
Achando bom ver que eu ainda continuo vazia.
Me de mais bebida, pois a vida é nada.''
E aquela sensação volta !
Beira da estrada.
- E os segundos passam, voltam varias sensações das quais se proibiu de sentir
Ficar meio inquieta, pegar um cigarro pra se acalmar, fumar mais de seis sentir não adiantar.
Querer ficar longe e nada encontrar, o tempo não passa ele para, olha prós lados e vê que já é hora de acabar, sai de lá em lágrimas com um cigarro na mão e outro a esperar, senta na grama como uma estranha e fica lá fumando sem parar, de novo se senti inquieta e vê que é a falta de amar. E continua lá na beira da estrada a esperar alguém chegar.
7:00hs - Segunda-feira, 27 de Julho de 2009
Desertos e almas velhas
Sobre aquele sonho de desertos e almas velhas
Eu acordo assustada, com o lençol sobre a cabeça
E o livro meio aberto esperando ser terminado.
Ainda de blusão saio pra fora, sem fazer barulho
Sobre o efeito do sono que a muito tempo não tenho
Precisava me lembrar dos detalhes, do rosto da moça
Que me pegava pela mão, da musica, dos lugares
Precisava me lembrar...
Já no segundo cigarro, o sonho ia se apagando
Pela fumaça dos meus olhos, automaticamente.
Voltei ao meu quarto, na expectativa de termina o livro
Talvez o grande culpado das noites sem sono.
Acabei apagando, mais por mais que eu tentava
Por mais que eu queria, o sonho não voltava
Nem mesmo o rosto da moça, que parecia vultos da minha amada.
Ainda de blusão sai para fora, para viver a triste realidade.
Vã!
Em outra hora, com outro alguém
As vezes é tão fácil se perde
Em um corpo nu sem graça, sem vida
Rodeada de almas, vã
Comandando suas noites de sono
E seus erros nocturnos.
Acompanhada de solidão
Atrai e dói, dói e atrai
E tudo é isto, passageiro
Sem horas marcadas, sem sinceros.
Nem disto vai haver cuidado
O pecado, sobre uma outra
Uma outra que recorda
E lembra teus olhos
Uma outra, uma outra mentira.
Talvez seja culpa da mania
Da falta, querer tanto um alguém
Que mesmo por uma noite, ou 2 noites
A sirva de companhia, automaticamente.
Para de manhã acorda
E sentir uma leve calma
Uma pequena felicidade
De ter de volta um outro
Um outro amor...
- Ta bom!
Me contento em precisar de alguém pra viver
Me contento em precisar de remédios pra dormi
Me contento em precisar da mentira pra sorrir
Me contendo em precisar dos livros pra ser feliz
Me contento em ter vícios, e necessitar deles
Me contento em ter a ilusão, a má ilusão de um sonhador
Me contento, me contento, me contento
Até com o descontente do meu coração.
Silêncio vão
Fora disto, esta um leve remédio a gosto
Com taças de vinho enfeitando a ausência
Sobre um ceú, de marfim, sem cor, sem fim
Compreender ? ainda é cedo, ainda é muito cedo.
A flor morta da ilusão
No vento vão do sul
Levou a tristeza embora
E deixou o grande vazio no coração.
A felicidade se contenta
Em vim aqui durante a madrugada
Roubando o sono, e de baixo do travesseiro
Deixa de recompensa o silêncio.
O silêncio que cala
Com a esperança de rever a ilusão.
Falta de espaço
Organizo cada palavra, cada nota, cada amor
A bagunça me deixa tímida, esquecida entre tantos.
Entre tantas as lembranças que detesto
Entre tantos cacos no chão
Entre tantos olhares esquerdos
Sobre o leve lenço do preconceito
Entre tanta ideia correta,
Que vive de contra mão
Entre a fumaça sobre o texto, esquecida
Com livros velhos, contos, historias e poesias
Entre uma madrugada e outra, sem dia
Entre a parede no lugar do colchão.
Organizo cada gelo que vive no meu coração
Na bagunça do meu quarto já que amar ocupa espaço...
Ou não.
Esta espécie de ausência
Essa falta fútil
Sobre o sol quente de uma tarde triste.
Sem revolta, a saudade me alegra, talvez
Pela esperança de ainda te ter, ou não.
Essa paixão, ilusão
A ilusão, alegra meu coração
Entre cigarros e bebidas, disfarço
A dor da falta, da saudade no peito
E provoca a garganta que vive cansada
Do choro que segura entre a raiva e a falta.
Saudade até que é bom
Pior seria a alma vazia
Mas tenho dó... dó do meu coração
Que ainda acredita na pureza da mentira.
Essa dor qualquer,
Nem quero que sinta, ou não!
Pouco me importa o tempo dos outros.
Confissões
Confesso que ando sem tempo
Regrando o tempo
Confesso que deixei de fumar
E voltei a mentir
Confesso que deixei de falar
Que deixei de escutar
Confesso que deixei de julgar
Voltei a me olhar
Confesso que parei de tentar
O que virá virá
Confesso que deixei errar
Mais também não voltei a acerta
Confesso que deixei de amar
Esqueci de avisar o tempo
A hora que meu coração ira voltar
Confesso que pouco me importa
O clima, o ar ou tempo
Confesso que tenho falta
Mais sei que nunca mais vai voltar
Confesso que entre tantas fugas
Me encontrei e me perdi
Confesso
Confesso
Confesso
Confesso...
Eu precisava lhe falar :
- Dentro daquela caixa, sobre o lenço que havia te dado
Tinha as cartas queimadas de raiva, juras de amor, lembranças,
Mentiras, saudades em tão pouco tempo, verdade em baixo de lamentos
Os planos, o aquário agora quebrado, em meio a fogo e falta.
A onde esta você agora ?
Será mais uma lembrança antiga
Faço isso pra esquecer, pra não te ver
Mas a lembrança persegue
E me deixa triste, não por mim
Mais por você, só por você.
O amor é um vento rasteiro
Eu o sinto, mas não queira que eu minta
Esse amor, já passou, passou entre tantas fugas
De mim e de você.
E te conheço tão bem, que sei quais seriam
As suas birras e truques, para me ter de volta
Mas não terá mais volta, não pra nós.
Metaforas sinceras
O oposto, contrario
A beleza das palavras ao mentir
A beleza dos olhos ao fingir
A beleza da ilusão ao existir
Palavras cegas.
Egocentrismo barato
Inconveniente de norte a sul
Sobre erros mal resolvidos
Levantando olhares superiores
Se culpando por ser tão má
Má ?
Tão ingénua e má.
- Não sou sincera, talvez porque eu goste tanto de metáforas.
Tristeza forjado
felicidade guardada
Dinheiro, prémio
Papel amassado
Escondendo erros
Falando segredos
Afogando medos
Deixando desejos
Salivando pecado
Deixando os sonhos de lado.
- Pois meninas como eu, não choram.
Não de verdade.
Sozinho
Te prendem o ar, entre 4 paredes negras
Sufocante
Enlouquecem seus pontos lúcidos
Maltratam sua alma, alma fraca
Desejos, sonhos, e planos secretos
Aquecidos de baixo dos livros velhos.
Proteja-se
De si mesma e de um outro alguém
Estanho
Desconhecido
Vazio
Caos
Falta
Ar
Metáforas, desculpas, lamentos
Juntando tudo num saco cor lilás
Pra depois soltar por ai, sentindo
As vezes pra deixar as palavras sem voz
E cegar os olhos na visão noturna
Por que seja melhor não ter tantos sonhos assim
Sonhos
confusão
onde
esta
solução
vento
quando
fala
silencio.
Entre 4 paredes negras, esquecem que você existe
E a falta sufoca a pouca liberdade que resta.
Companheira boa.
No meu quarto quieta, cansada
Entretida com livros baratos, bons livros baratos
Pesa-me, realmente me pesa
Toneladas de vidas velhas, almas velhas
O dia nasceu não tão lindo, mais nasceu
Entre vinte ou uma lágrima, solitária
Se estiver feliz, ta bom, se não, ta bom.
Minha inconsciência consciente
Tentando revirar corações
Que servem realmente pra quê?
Pra pendurar fotos,adesivos de lembrança
Quase sempre fútil, quase nunca justo
Do tamanho de um nada, isolado
Que embala minha visão, rabiscada
Um grande espaço da matéria vazia.
A solidão acompanha-me
Por todas as multidões
Me pega a mão, e me segue
Feliz por ter um companheiro
Que nunca a deixara, ou talvez nunca me deixara.
Apego-me
As palavras vazias
Das almas velhas, empolgadas
Dos sorrisos de relance, ligeiros
Que nem sempre são pra mim
E mesmo se fosse não faria diferença alguma.
A dependência, não depende de mim
Nem mesmo dos vícios
Que me culpo tanto por ter
Mais depende de fazer qualquer coisa
Que seja má, que seja boa
Pra desapegar-se da solidão
Companheira boa.
*
"O coração, se pudesse pensar, pararia."
"Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também."
Rimas baratas
Nem um rosto preenche, nem uma voz sufoca mais
Talvez a culpa seja minha, de ainda ter rostos
Estranhos, vagando e perseguindo meus sonhos
Sonhos velhos, perdidos e sem amor algum.
Por causa dos toques, dos beijos, dos segredos que você veio buscar
Que de algum jeito, ainda tenho eles na pele, nos lábios, na mente
Esqueço os versos, as palavras, a vida, esqueço o ar
Depois vou descansar, do sufoco da falta de te amar.
Seria assim as rimas baratas, e frases feitas
Se tivesse um amor, uma paixão ao menos pro tempo passar
Meu bem, eu falo de amor, porque acho lindo,
Mesquinho
Falo pra passar o tempo, esquecer os sacos de lamento
E pra ficar menos carente, entre a frieza no peito escondido
Onde só tem meias verdades e mentiras inteiras
Ou talvez um vasto vento de nada, empolgante, mente solitária.
Já que não tenho amores, escrevo e esqueço das dores
Ou então me apego a um cigarro a meia noite.
Nostalgica
Perdidamente lúcida
Mas a algo de errado, ou certo de mais
Constantemente guardando objetos velhos
Discretos, sobre termos mal acabados
Apertados entre odeio e amor
De baixo de sonhos e esperanças velhas
Empoeiradas, que me trazem falta de ar
Que me provocam nostalgia, de tudo que não vai voltar.
Cronologicamente não a tempo.
E dessa vez qual será a culpa, a desculpa ?
Cronologicamente, restam 20m
Até chegar a hora de lutar contra o sono
Ou ficar a favor dele.
A mesma musica, o violão, cordas transversais
Abri e fechar os olhos, fechar e abrir a porta
Enquanto todos dormem, você faz o de habitual
Enrolar a noite, como se a tivesse detido em sua mente
Mente que anda meio desorganizada
Com tantos livros, e novas composições
As palavras são fáceis, delicadas e mimadas
E agradeço a elas por durante noites serem minha amada
Obrigada!
Não a cigarro que acalme, ou controle a falta de sono
A falta de obrigação,consciência , vontade ou lucidez.
E por onde andas agora ?
sozinha, não tenho tempo para as pessoas
Nem mesmo para solidão ingrata
Ainda resta 10m, depois terei que voltar a rotina
Ordinariamente empolgada
Não sei se culpo alguém, ou eu mesma
Mais durante noites fico acordada, sem sono algum
Até gosto, as vezes a lua fica bem perto da janela do quarto
Reflete na fumaça do cigarro, e brilha entre o espelho sujo de baton vermelho
Cronologicamente não tenho mais tempo.
Me comanda, me da ar, palavras.
Deixei de te explicar, de acerta
Essas palavras que saem sem permissão
Tão flagelas, tão ordinárias
Não culpo ninguém por ter insónia
Nem pela falta de amor
Que nem me falta faz
Gosto do aroma das palavras
Que me trazem paz
Mesmo saindo desregradas
Apressadas, sem permissão alguma
Não param, me param
No ónibus, na esquina, no bar
E eu fraca me rendo, pego papel e caneta
Mais no final ninguém sai perdendo
Palavras vulgares, de todo tom ou finalidade
Recusam-me como dona , tem vida própria
Vontade própria, minhas palavras são viciosas.
A sinceridade, quase banal.
Eu gosto da sinceridade do cigarro, rima barata
Não achei as caras, foi tudo pelo lado vagabundo
O álcool e sua sensibilidade, me contagia como o Carnaval.
São cores, meias verdades
Falemos então, uma mentira inteira
Sejamos sinceros, a um lado todo banal
As mesma festas
As mesmas pessoas
Os mesmos cabelos
Os mesmo lugares
O mesmo sorriso
As mesmas bocas
Uma grande vida social
Em um lugar, onde tudo é situado pra mesma direção.
Gosto da vulgaridade das palavras
Sempre tão sinceras ao mentir
Mais isso é vazio, de fino prato
É necessidade, futilidade
A verdade doí, doí por quê ?
Talvez porque mentir seja fácil
Não se preocupe, é normal
Ao mesmo tudo é casual
Até as vozes doces que não gosto de ouvir
Não se parece com menina de 15 anos
Obrigado, tenho celebro e sou um pouco humano
Mais não gosto de ser, isso machuca por dentro
De alguma forma machuca, e como.
Para ser bem sincera eu odeio quase tudo
Mais amo o resto todo, e como amo
As palavras me permitem flutuar
São lindas e pequenas,contraditório
Mais chega por hoje, tenho nada pra fazer
Esse nada cansa, banal e monótono.
Adoro a sinceridade do cigarro.
Contador de mentiras.
A insónia me pegou pelo pé, ando tão fora de forma
Ou banal ?
Deixei de roer as unhas e deixei de mentir
Ou passei a mentir menos.
Justamente por me achar assim apagada
É que precisava me cobrir de mentira
Como se veste um manto fulgurante
Agora ali estava, cercada de gente por todos os lados
E ainda mais solitária do que fechada no quarto
Onde seus objetos lhe asseguravam a memória já na faixa da insegurança
Diante dos outros tinha que inventar e fantasiar
Minha mentira começou a ser redigida, com um objeto certo
Então ramificava os perigos, exagerava as dificuldades
Assim a mentira, folha cadente
Que podia parecer tão brilhante mais de vida breve.
Falava muita vezes o que vinha na cabeça
Era boa em contar historia, contador mentiroso
Então ela ria, ficava rindo também
Confundida mais contente, ao menos achava alguma graça em mim
Fui andando solene
Porque no bolso a onde levara o amor levava agora a morte.
Eu mentia sempre com ou sem motivo
Era mais fácil
Falar a verdade é muito difícil
Em estado bipolar, ou não.
Melhor falar tudo que se tem pra falar...
Mais não agora, vou fumar.
Mundo, volto logo.
Rápido, vamos sair antes que as luzes se acendam
Antes que o mundo todo acorde
Ainda temos tempo de pegar o ónibus ao termino do cigarro.
Esqueça as roupas no varal
Não vai ser tão necessário assim
Vamos logo, antes que roubem nossos sonhos
Nossa vida, o resto do encanto.
Sintonize naquela velha estação
Aquela do sul de minas
Estamos bem, por enquanto ainda estamos bem.
Segure o odeio e a raiva, estamos indo embora
Sem dinheiro, sem comida só com o velho violão na mão
E muita vontade no coração e muita incerteza de contra mão.
Deixo a vida, o mundo pra trás.
Agora pegue um cigarro e vamos conhecer o litoral.
Qualquer coisa, invente qualquer bobagem.
Qualquer bobagem pra inventar historias verdadeiras.
Rápido o ónibus esta saindo.
Naturalmente louca
''Sobriamente louca em meus desejos
Confesso que são meio vulgares e fora de controle
Mais são os únicos que tenho, e que quero.
Modéstia a parte, são valorizados
A onde se tem loucos tão bem informados ?
Loucos tão bem apresentados, tão bem loucos.
A distância entre o mundo, é a porta de casa
Constantemente me vejo na janela fumando
É habito, não fumar mais ficar na janela fumaçando.
Lunaticamente, tenho vícios ordinários
Vontades mais que carnais, espirituais.
Certamente eu seja normal
O mundo ai fora que não é natural.
A nudez de alguma forma me atrai
Poderíamos ser livres
Corta os cabelos, não ter cabelos
Sermos praticamente canibais
Vivermos só de pecado, amor...
Trocarmos casas por barracas
Cidade por lugares Psicadélicos.
O errado seria normal
O normal seria natural
O certo seria banal.''
Tempos de esmeralda - 1:00am
''Marcamos as 01:00am
Esmeralda ainda não havia chegado
Era assim que a costumava chamar
Bem cara de putas dos anos 80.
Nunca havia entendido
Nem queria entender mesmo
Estava sem vontade alguma
No estado natural de meu corpo.
Decidi ir comprar uns cigarros
Já que a poucos minutos os antigos haviam acabado
Estava em uma pequena cidade
Não conhecia nada, nem ninguém
Só a minha linda esmeralda.
Esmeralda! A vi de longe
Com seu corpo branquelo
Unhas vermelhas, cabelos negros
Da cor de seus olhos.
A tanto tempo não havia
Ainda era a mesma
Ainda era a mesma menina
O vento adorava brincar com seus cabelos
Eu adorava brincar com seus peitos.
Éramos muito vulgar
Naquela época isso era charme
Esmeralda, como sempre Alcoólatra
Sempre vinha a mim com rebecca
Sua bebida favorita ou asinha
Esmeralda sempre foi divertida
Mais naquele noite nada tinha graça
Me falava que sentia muito a minha falta
Era bom lembrar dos tempos de esmeralda
Na qual sempre foi minha amada.''
Deixa saudades
Escreve meio incerto
Saudades.
Saudades de chamar teu nome
Enquanto chove, enquanto corre
Enquanto dorme.
Na sala, no quarto
Na grama, no coração
Na vida...
Sei lá, sem você tudo é caos
Deus me deu muitas saudades
Saudades por toda eternidade.
3x4
La fora chove, ondas prontas
Vai embora a linha do horizonte
Me distraio pelos corredores da sala
Já que você não esta aqui, me distraio.
Unhas vermelhas, cabelos cor de rosa
Inventa qualquer bobagem
Descreve qualquer historia
Eu deixo a onde me acerta
Eu deixo o vento me levar.
Foto 3x4
Levo o mundo em qualquer lugar
Me levo junto, esqueço ar.
Coração ocupado
Entre mãos, e laços
Eu tendo saber a onde guarda
Guarda meu coração
Que vive em seu altar particular
Devolva-me
Devolva o que de direito é meu
Não fui defensora, desculpe mais medo me deu.
A onde guarda meu pobre coração ?
Sem ele vou ficando mais fria, mais mesquinha
Tira os nós
Essa corda é fraca, suporta qualquer vagabundo
Faça do meu amor, um pequeno prémio
Temos um pódio de chegada
Só não me espere
Nem me peça brindes.
Sufoca aqui dentro
A falta do sossego
Tire meu coração do bolso
Devolva-me
Pois alguém o quer usar.
Grande enganação
Confesso que adoro estar no domínio
Saber a hora que chega, a hora que sai
Dizer se pode se não pode, se é bom e se quer mais
Confesso que me sinto bem, mandando num amor assim.
Ter o domínio das suas palavras
Da sua vontade, ter uma vida bem exagerada
Saber que o seu coração, é só meu
Só meu.
Quem não gostaria ?
Ter alguém em suas mãos
Saber que sem você, não vive
Que sem você, não existe
Que por você morre sem perdão.
Eu só gostaria,
Que esse amor todo não fosse uma grande enganação.
Seu nome me persegue, vicio.
Melhor seria se o acaso fosse tolo
Se ele não nos cruzasse
Se eu fosse fraca, e não me importa-se
Melhor seria, se tudo acaba-se
Simplesmente acaba-se
Entre tantos, me apaixono
Apaixone-se, me apaixone
Pra curar qualquer magoa
E esquecer o vicio do teu nome
Esse vicio, esse circulo
Melhor eu parar o tempo
Passar
Voltar
Mudar
Acabar
E para o teu nome eu nunca mais lembrar.
Minhas mudanças contra o tempo
Estado normal, desinteressa qualquer um
O pior é que tanto faz
Sei lá, cansei de me preocupar de mais
Por isso sempre chego atrasada, aos compromissos
Porque pouco me importa o tempo dos outros
Eu sempre faço isso.
Relaxe, ainda a tempo
Deixo passar dois ónibus
Talvez de propósito
Depois é só correr contra o tempo
E ter uma boa desculpa pra contar ao relógio.
Troquei carnes por soja
Doces por cigarros
Coca cola por tequila
Meninos por meninas
Verdades por mentiras
Poemas por coisa alguma.
Só esquece de trocar a dor
Culpa do relógio que não me lembro.
Enfraquecer por prudência.
Dor na cabeça, fora do peito
Fiquei horas tentando controlar
Controlar o corpo
E não adiantou, pois ainda me sinto mal
E vou ficar a semana toda na cama.
Vou fumar meu cigarro, pra não esquecer
Pois já é tão habitual enfraquecer
Ainda tenho as mesma dores
Parecem piorar, pioram
Sinto frio, com um sol de 40°
E me cubro toda, amedrontada
Talvez tenha sido a chuva, ou falta de prudência.
Estou gripada, sinta-se feliz pela consequência.
Sou muitas, por isso me perco tanto assim
Me conhecer é complicado, cansativo
Sou chata, egocêntrica, mesquinha.
Quase sempre me guardo
Para que ninguém saiba o quanto sou perversa.
Me proíbo ao certo, o errado sempre me atraiu mesmo
Pra mim, tem que ser bom ou mal, indecisão me da raiva
Tenho varias Arielas dentro de mim, mais sempre nunca é
Gosto de venenos perigosos, gosto de tudo que me tire do chão
Sou mais antiga que eu mesma, talvez por isso nunca me lembro.
Nunca repito nada, só as doses de bebida.
Minha saúde é decadente, isso me preocupa
Vamos fumar um cigarro ?
Sou possessivo, dislechada, pecadora.
Gosto do impossível, do que não existe, da ilusão
Nunca me lembro de nomes,
Mais me recordo vagamente de rosto, vozes, cheiros
Gosto de sentir, sonhar, inventar , imaginar.
Beleza, verdades, amor ainda é pouco
Pra mim é muito pouco.
Ontem fui freira, hoje prostituta, amanhã poeta
Não quero que ninguém me entenda, só me aceite
Sou tão fraca e tão forte, que vivo no nulo.
Ordeno-me, a amar e a odiar.
Sou dona de mim mesma, e isso é tão chato
Não quero que me conheça, prefiro não te assustar
E para completar não sei se tudo isso é verdade.
Qualquer um
Eu vejo que essa falta de organização
É para me preocupar mais com o amor
Vamos reservar uma mesa
Um coração, um amor de verdade.
Traga me um vinho
Vamos ser hipócritas
Por essa noite ?
Vamos ser falsos
Por toda a vida.
Esse ar todo de maioridade
Ar de vaidade
No fim é só mais um na sala
No fim é só mais um.
- Ouvindo: Tricky - Black Steel
Preocupação de tantos outros
Sucumbindo qualquer vontade
Sem nem ao menos ter alguma
Essas noites longas, e vastas sem pudor
Deixo para os poetas o verdadeiro amor
Deixo.
A indignação, e tremenda
Não a verdade em porra alguma
Me deixe respirar, me deixe.
Essas meias verdades
Que falam
Que gritam por ai
Essas metades inteiras de mentira
Que escondem
Que guarda dentro de si.
Meu certo, errado de todos
Mais e dai ?
O erro nem sempre é meu
E se for, e se é
Não venha me corrigir.
Me deixe respirar, eu deixo.
A algo em você baby
Se esquecesse meu rosto
Por segundos
Confesso
Seria melhor.
A algo em você baby
Que não se habitua a seu rosto
Tão aveludado e tão hipócrita
Não será só eu que vê isso
Ou será ?
Pra que serve ?
Essa beleza, se não é pura
Se não é verdadeira
Talvez minta só pra mim
Por isso tenho tanto rancor ?
Talvez eu mesma não queira a verdade
Por isso tenho tanto amor.